Nilton STEMP

Uma linda história

​

Eu costumo dizer que todo clube tem uma história bonita! Por mais humilde ou pequeno que seja, o simples fato dele existir já significa que uma luta foi travada, que jovens se superaram para perpetuar uma entidade esportiva e isso por si só já fala muito sobre ele, mas uma coisa eu garanto: Nenhum clube no Universo tem uma história como a do Botafogo de Futebol e Regatas, nenhum! Como você poderá comprovar durante a leitura desta obra, o Botafogo verdadeiramente é uma potência, não só por sua atuação no futebol, mas pela sua atuante participação em esportes tão diversos como a Esgrima e o Halterofilismo! Sim, a história deste clube é secular e isso explica quando a sua torcida grita orgulhosa que ele é “o mais tradicional”! Eu sinto hoje um orgulho imenso em participar da confecção deste projeto, que não foi elaborado por mim, mas por outro grande botafoguense que certamente é muito mais apaixonado que eu!
Era a manhã de um dia qualquer quando meu celular tocou, o número eu não conhecia, e a voz do outro lado se apresentou como Alexandre Freitas. Durante alguns breves minutos ficou claro que o seu desejo era realizar o sonho de seu pai - que já havia nos deixado há algum tempo - algo que eu poderia obter sucesso: Publicar um livro que ele havia deixado como legado: A “história do Botafogo”! Eu respondi que tinha alguns compromissos na minha agenda, mas que assim que os resolvesse, daria uma olhada para ver como faria! Assim fiz, e no dia de ontem pude ver do que se tratava e o resultado é que eu, que já havia publicado 100 livros sobre o Botafogo, vi a minha “biblioteca particular” diminuir de tamanho, assim, do nada... Ela ficou “pequenininha” da noite para o dia! Me impressionou o capricho, a organização e a riqueza de detalhes que o Senhor Estevam de Freitas Júnior havia reunido! Ao percorrer as páginas daquela verdadeira Enciclopédia, vi fotos nunca antes imaginada por mim, tais como Heleno de Freitas treinando, registros fotográficos do simpático Biriba, de Dona Chiquitota, do navio que levou nosso time para sua primeira excursão ao exterior e até mesmo das “Olimpíadas Botafoguenses”, coisa que eu não fazia a mínima ideia que havia acontecido! Imediatamente percebi que o que havia chegado até mim era, de certa forma, um tipo de “Santo Graal” da história alvinegra, uma “arca da aliança” botafoguense perdida, eu realmente fiquei em êxtase com aquilo! Imediatamente acionei minha rede de amigos no sentido de fazer o Clube ter conhecimento da dimensão do que estava comigo, porque eu me sentia como que tendo recebido – guardadas as devidas proporções - os “rolos do mar morto” da nossa história, algo que comprovava realmente toda a nossa grandeza! Aquilo merecia muito mais que o formato de livros que eu estava habituado a produzir, seria preciso uma publicação digna de cada segundo gasto pelo Estevam para que toda aquela informação fosse reunida! O Botafogo precisava me ajudar nesta empreitada! 

​

Nada é por acaso

​

A história do Botafogo é riquíssima neste aspecto, são sucessivas histórias de “coincidências” que desafiam a lógica, quem é torcedor do Botafogo “raiz” sabe muito bem disso, porque “as coisas que só acontecem ao Botafogo” não se limitam ao clube, elas se disseminam por cada alvinegro deste mundo! E, tendo este olhar matuto e ao mesmo tempo místico, foi que percebi como o Universo conspirou para que este livro tivesse o seu devido destino! Há poucos dias da ligação do Alexandre eu havia publicado uma obra intitulada “A MORTE ME FEZ BEM”... Provavelmente você, Leitor, ficou intrigado com isso, mas eu esclareço: Durante a história do Glorioso de General Severiano, algumas pessoas fizeram a sua “passagem” e acabaram proporcionando a ele uma oportunidade para que algo fosse realizado... Por exemplo, foi graças à morte de Luiz Caldas que o Clube de Regatas Botafogo foi constituído, pois de outra forma a Estrela Solitária não teria sido escolhida como “mascote”... Foi após o falecimento de Armando Albano que a união entre este e outro Botafogo - o Football Club - fosse possível! Foi graças ao falecimento do filho de Emil Pinheiro que este veio em nosso socorro, terminando com a espera de 21 anos sem títulos! Este foi o sentido do livro que publiquei, mostrar que “a Morte”, em determinadas situações, fez bem ao Botafogo, ao lhe proporcionar uma nova Oportunidade... E qual não foi a minha surpresa ao constatar que mais uma vez esta máxima se fez presente, pois se o grande Estevam de Freitas Júnior ainda estivesse entre nós, este material não teria chegado até mim, e sabe-se lá quem mais neste mundo poderia, além do Alexandre Freitas – ter a percepção da grandiosidade deste material, pois talvez ele próprio pudesse se encontrar desanimado e abandonado o projeto de seu pai! E perceba como a coisa é interessante, foi graças a morte do filho que seu pai - Emil Pinheiro - chegou até nós, e do pai do Alexandre que esta oportunidade veio até mim! Nada é por acaso, como os Maias diziam, “a vida é cíclica” e estas coisas que só acontecem ao Botafogo certamente vão proporcionar a cada alvinegro da região mais longínqua deste planeta ter a dimensão da grandeza do clube pelo qual torce!

Coincidências

​

Dizem que bondade atrai bondade, que quem ilumina atrai a luz para si próprio... Os meus 100 livros falam sobre uma teoria: A de que Deus usa o futebol como uma “desculpa” para se comunicar conosco e que o Botafogo é um dos “vetores” desta comunicação, pois veja, Deus usou o FOGO para falar com Moisés, Jesus – segundo São João Batista – batizava com FOGO... E foi em Pentecostes que “línguas de FOGO” foram responsáveis por algo que nunca havia acontecido antes, então eu estou convencido de que o “Bota FOGO” é sim uma ferramenta de comunicação, pois nada me tira da cabeça a ideia de que Deus não nos abandonou e que Ele está à nossa procura, ainda que muitos de nós não queiramos aceitar esta realidade. Pois bem, em nosso segundo contato, eu disse ao Alexandre que uma das coisas que me faziam acreditar nisso é que no livro de Apocalipse, Capítulo 22, Versículo 16, o próprio Jesus diz que ele era “a Brilhante Estrela da Manhã”! Ora, nós sabemos que esta Brilhante Estrela da Manhã é o planeta Vênus, e que o planeta Vênus é a Estrela Solitária em nosso escudo, então tudo fazia sentido, e qual não foi a minha surpresa quando ele me respondeu o seguinte:
- O meu pai sempre dizia isso, “o Botafogo é o único clube citado nas Escrituras Sagradas”!
Não foi sorte, não foi o acaso, não foi coincidência, nossos caminhos se cruzaram com a clara intenção de complementar o nosso trabalho e fazer com que esta obra saia literalmente do papel e entre para os anais deste Clube que definitivamente não é deste mundo, ele está aqui para nos guiar, para que o facho de luz de sua Estrela Solitária ilumine a nossa estrada, nos reconduzindo até nosso Criador!
Para você que “acha” que conhece a história do Botafogo, comece a mudar os seus conceitos a partir de agora! Para você que tem curiosidade em conhecer as nossas origens, “congratulations”, você chegou no livro mais apto a satisfazer seus desejos! E para você que costuma dizer que o Botafogo é “o mais tradicional”, parabéns, você tem agora em tuas mãos a prova mais cabal de que nosso clube é realmente algo ímpar no meio futebolístico mundial! De minha parte, só posso agradecer a Deus e ao Alexandre pela honra de diagramar e finalizar a obra elaborada pelo grande Estevam de Freitas Júnior, um botafoguense que certamente vai sentir orgulho de ver o seu trabalho iluminando a vida de milhares de alvinegros espalhados pelo mundo! Hoje, mais do que nunca, vejo como estava certo o grande e saudoso Armando Nogueira ao declarar que “o Botafogo não é um clube, é uma Predestinação Celestial”!

PS. Em nome do Estevam peço desculpas a você, Leitor, pela qualidade de algumas fotos, espero que compreenda que elas pertencem a um período onde o registro fotográfico ainda engatinhava no Brasil e várias delas foram retiradas de jornais, o que já reduz e muito a fidelidade do registro. Pensei em retira-las do livro, mas isso implicaria em deixar de seguir o que o Autor havia selecionado e mais... É o registro histórico, mal ou bem, é algo que podemos nos guiar para reconstruir a fantástica história do Botafogo de Futebol e Regatas!

​

Boa leitura!

Nilton Stemp