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SOBRE O AUTOR

Quem de nós, amigos, poderia supor que aquele cara risonho, com a cabeleira já esbranquiçando, sentado ao nosso lado numa cadeira de arquibancada repartindo conosco emoções, de alegria e de indignação, seja na verdade um filósofo?

 

Esse é Nilton Stemp, antes de tudo um botafoguense apaixona­do como todos nós outros o somos.

 

Já em seu livro, ele coloca, pedindo desculpas aos demais torce­dores, que ser botafoguense é algo diferente, especial, e que nosso objetivo supostamente não se encerra nas conquistas de títulos, coi­sa que vez por outra também fazemos, mas em ser o porta voz de uma mensagem celestial contemporânea, e tanto isso é verdade que não podemos escrever a história do futebol brasileiro sem esquecer da mística presença marcante do Botafogo.

 

Imaginem quem é o clube portador do recorde de invencibilida­de, que é o mesmo detentor da maior goleada em campeonatos re­alizados no Brasil, que vem a ser o único time do mundo a ter dois jogadores na seleção mundial de todos os tempos (já foram três) da FIFA e ainda ser o clube do único jogador do mundo que fez gols em todos os jogos de uma campanha vitoriosa em um campeona­to mundial de seleções, suprema conquista do esporte com maior numero de adeptos no mundo, fato que não pode ser ultrapassado, mas apenas igualado? 

 

E, ao mesmo tempo, ter contado em sua história com um caris­mático presidente que, estando seu time perdendo um jogo, man­dou um assistente sair em disparada para verificar se as cortinas da sede estariam “amarradas”, pois isto estaria influenciando no resultado da partida e este ao voltar ao gramado, seu clube já ter virado o placar?

 

Eu costumo dizer que o nosso Botafogo caminha flertando e de mãos dadas com a imponderabilidade e tanto é assim que existe a famosa frase, de que “há coisas que só acontecem ao Botafogo”, tanto para o lado positivo quanto para o lado negativo.

 

O livro do Stemp comprova isso tudo e passeia de tal forma pela história, pelas crenças religiosas e populares, que dada as simbolo- gias, ao fogo e a estrela, diria que o Botafogo é o mais profético e maçônico dos clubes, a começar pela dualidade de seu uniforme, que une o preto das trevas ao branco da luz, da mesma forma que o painel mosaico nos Templos de Salomão, em quadrados alternados, como num campo de xadrez, onde as peças são movidas pelo livre arbítrio de notáveis inteligências.

 

O livro na verdade é uma poesia ornamentada em preto e bran­co e por isso de forma solene, em traje de gala. Não é um livro para simplesmente se ler, mas para refletir e nos encontrarmos com nosso Criador, através de seus sinais, por profecias ou simbologias, que revelam como um dos mensageiros de suas verdades, um simpático clube de futebol. Será que é isso? Ou será que não?

 

Que leiam e cheguem às suas conclusões.

 

Enquanto isso, seus escolhidos, como o Stemp e eu, carregam dentro do peito, não um coração, mas uma estrela, que além de pulsar, também cintila!

 

Luiz Sergio Cunha

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